
Primeiro, do Musée D'Orsay, onde fui atrás do quinto andar para ver obras daqueles que ficaram associados ao "movimento impressionista". Gente como Monet, Cézanne, Renoir, Pissaro, e mesmo van Gogh (que adoro!).

A fila estava grande, tanto porque hoje é domingo quanto porque no primeiro domingo de cada mês a entrada é gratuita em todos os museus parisienes. Mas deu de entrar e também de exercitar a concentração pois as salas estavam mesmo lotadas de gente.

Depois de umas quase quatro horas ali delirando e mirando com tudo aquilo, atravessei o Sena, caí no Jardin de Tuileries e fui pra outra fila, a do Musée Orangerie, onde estão telas gigantescas do Monet, as conhecidas "Nymphéas", obras já da maturidade do pintor - fascinantes.

No andar de baixo tem a maravilhosa coleção de um marchand chamado Paul Guillaume (morto em 1930), e lá estão os impressionistas de novo. O máximo, este museu é muito lindo, imperdível. Você só fica em boa companhia, com a vantagem que ele é menor do que o D'Orsay, aí fica mais íntima a relação com os quadros, sei lá. Sei que gostei demais deste espaço. E que também voltarei ao D' Orsay porque ficou muita coisa pra ver. Tem uma coisa legal aqui que são dias em que os museus ficam abertos até umas 22 horas, e costuma ser mais vazio neste final de expediente. Vou tentar.

Depois deste dia emocionante, deu fome. Fui então em busca da rue Montorgueil, que é cheia de lugares para comer, rua de pedestre, já no rumo do Marais, um bairro cult que ainda não fui visitar. Da onde eu estava dava até pra ir a pé, mas resolvi tornar o dia mais emocionante do que já estava e arrisquei-me de bicicleta por Paris. Pena que não tenho foto! Por toda cidade existe há algum tempo um sistema de transporte público de bicicletas - o Velib. São pontos cheios de "vélo" (bicicletas) com um sistema eletrônico que você paga e pega a sua bicicleta e vai até onde você quer, aí deixa a vélo num outro ponto. É que nem ponto de ônibus, tem por toda cidade: você tanto pega quanto deixa a vélo, que é propriedade pública - a prefeitura faz inclusive a manutenção. Pois bem, ainda não tinha experimentado, e hoje experimentei! Pedalei e, claro, me perdi... mas logo me achei e cheguei na rua que eu procurava. Deixei a bicicleta num ponto próprio e fui atrás de um lugar para comer. Acabei parando num restaurante libanês.

Já estava passando mal de fome, depois de tantas emoções impressionantes e ciclísticas. A sorte era que o dono do restaurante, um libanês, falava um pouco de inglês, que somado ao meu francês macarrônico permitiu a comunicação. Até cerveja libanesa deu de tomar! E vive la France!
Um comentário:
Mariana, desculpe-me as intromissões, é que sou mesmo uma "velha metida".
Só para dizer que estou adorando passear com voce. Agradecida.
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