quarta-feira, 25 de março de 2009

Apaguem as luzes!

Sábado é dia de apagar as luzes. Das 20:30 hs às 21:30 hs a ordem é ficar no escuro. E você não estará sozinho. Se tudo der certo cerca de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo estarão fazendo a mesma coisa que você. Já imaginou: todo mundo experimentando aquela sensação de "apagou a luz"...

Trata-se da Hora do Planeta. No escuro, com tudo quieto, o convite é para a reflexão sobre para onde estamos levando a nossa nave, o nosso planeta amado, com tudo o que estamos promovendo nele num insensato clima de fim-de-festa.

Uma hora no escuro, dá pra fazer bastante coisa: dormir, rezar, meditar, cantar, pensar na vida, namorar - mas talvez o melhor mesmo seja mentalizar no nosso planeta azul, sofrido e insistentemente generoso, lindo e judiado, forte e frágil, encantador e assustador. Com tudo, é um bom lugar pra se viver. O convite é para cuidarmos bem de casa, fazer o dever de casa, ou sermos boas/bons donas(os) de casa.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Mais um amigo por perto

No mês de fevereiro, com a cara e a coragem de seus 12 anos recém-completados, chegou ao Acre o João Manuel Tuin (em primeiro plano na foto acima). Veio pra morar, junto com os pais Bia Saldanha e Marcelo Piedrafita. Era aguardada a chegada desta família, em especial pelos seus amigos, irmãos, compadres e comadres. Depois de muitas providências e ginásticas física, emocional e mental, a família finalmente decolou do Rio e aportou na nossa cidade, de muda, como se diz.

Mas quero destacar hoje aqui o João Manuel porque, além dele ter feito aniversário no último dia 17, comemorado com os sushis e sashimis que ele tanto adora, este bravo guerreiro está dando prova de grande versatilidade. Imagine: o João é acriano de nascimento, mas cresceu no Rio, lá fez sua turma, galera, programas e vida social. Boa pinta e simpático, é cheio de amigos, acho que até namorada. Praia, surf, skate. Mas aí os pais resolvem voltar para o Acre. O que resta a uma criança, mesmo que quase adolescente? Vir junto - fazer o que?

O João deve ter esperneado, afinal, como disse, o cara é bom lutador. Mas por isso mesmo, por todo guerreiro reconhecer que é melhor ser como o bambu, ceder, para depois ganhar terreno e força (e não ser rígido como um cumaru e correr o risco de se quebrar numa tempestade), João obedeceu ao tempo das coisas e veio. Chegou e já está estudando no Meta - e gostando da escola, segundo me falou. Está morando numa chácara e curtindo pescar tambaquis. Sua maior aventura atual, e da família junto, é Zico, um bebê-cachorro (popular "salsicha" ou "cofap") que precisa de atenção e por vezes deixa todos sem saber o que fazer, e disputando de quem será a vez de limpar o xixi ou o cocô do bichinho (pois é, cachorro é bom mas tem este ladinho meio chato... que depois passa!).

Como disseram seus pais: dos três, João é o que está se saindo melhor nesses tempos de aterrisagem, onde tudo ainda está se acomodando e a rotina, aquela senhora tranquilizadora, ainda não se instaurou (pra ser quebrada, é claro). Bem-vindo, João, estou muito feliz com sua chegada e de seus pais - que sejam tempos auspiciosos e gravem em você uma boa memória desta tua terra coberta de florestas.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Almoço em família


Foi realmente, como contou o Jairo Carioca (em postagem do dia 16), um almoço-de-domingo-em-família especial. Tive a honra de receber parte da família chefiada por dona Lurdes Carioca: vieram ela, o filho Jairo e família (sua esposa Geane e a filha Fernanda), Jane (sua única filha) e Zé Carlos, também filho. Veio junto também o João de Deus, amigo da família, um filho agregado. Estão todos aí na foto acima.

A família Carioca é antiga na doutrina e casa fundadas pelo Mestre Raimundo Irineu Serra. Seu chefe chamava-se Júlio Carioca e sua partida para o mundo espiritual deixou saudades. Os Carioca são uma família de artistas da música, que gosta e sabe tocar, cantar e dançar (além de bailar, é claro). Que gosta de celebrar a vida, mesmo nos momentos mais delicados, de doença em família. Na casa de dona Lurdes é comum encontrar o som ligado, às vezes alto mesmo, e volta e meia alguém ensaia uns passos de samba, ou bolero, ou xote...

Recentemente fui recebida nesta família, o que tem me proporcionado momentos de alegria verdadeira. No domingo, quiz retribuir um pouco o carinho e generosidade com que tenho sido acolhida. Propusemos, Zé Carlos e eu, que almoçássemos juntos. Logo todos toparam, embora Julinho (outro filho) e sua família não tenham podido comparecer, assim como Guido e Batista - a família é grande! Cedo chegaram todos, e foram se pondo à vontade na casa - como gosto que os visitantes se ponham. Dona Lurdes escolheu a rede e devorou uma revista sobre o Vale do Juruá; Fernanda correu para a internet e o Orkut, instrumento de comunicação predileto dos adolescentes; Jane, Geane e eu fomos tratar de cuidar do almoço; Jairo descansou, circulou, observou; e Zé Carlos ciceroneou João de Deus e todos os demais.

Finalmente o almoço saiu. Foi quando tiramos a foto. Depois, numa prova de que estávamos todos "em casa", adormecemos numa soneca coletiva, ao fim da qual nos pusemos novamente à mesa para um café com torta de banana.

Hum, teve bom!

domingo, 8 de março de 2009

Língua

Os escritos acima são de Guimarães Rosa, estão no "Grande Sertão. Veredas". Estas e outras pérolas do nosso português escrito, falado, cantado, vivido, enfim, estão no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo - imperdível!

Corujas tropicais

Uma curiosidade: em Mangaratiba, na praia, encontrei corujas. Sim, em pleno dia, pousadas em coqueiros, lá estavam elas, várias, nos olhando desconfiadas, como guardiães de cocos. Nunca soube que coruja fosse bicho diurno (e olha que a luz do sol na praia é pra usar óculos escuros - e elas não estavam de óculos!), que gostasse de praia e de coco. Admito, contudo, que sou um ser que pouco sabe sobre corujas além do senso comum. Não sei nem onde fazem os ninhos. Falaram que os mesmos seriam no chão... Será? Nos coqueiros, que eram baixos, não vimos ninhos.

Nesta foto acima elas estão no coqueiro de fundo, duas delas, pousadas numa das palhas. Abaixo, o mais perto que elas me deixaram chegar para fotografar. Não é o máximo?!

domingo, 1 de março de 2009

Fim de tarde continua

A empolgação do fim do dia continuou, e das brincadeiras caímos numa trilha sonora, uma música do Gonzaguinha que gosto muito, em particular da letra. Como o bom humor reinava, a música também foi por ele contaminada e ganhou quase uma nova interpretação. Momentos íntimos em família, enfim.

Inaugurando a fase filminhos aqui no blog, posto então mais um: