terça-feira, 18 de novembro de 2008

Almoço de domingo

Domingo foi dia de almoço aqui em casa. Dia de visitas amigas. Pilotando a comilança e o apetite do pessoal, o chef Meirelles, aqui já famoso pelo “molho-trisca” e outras aventuras. Cedo ele e Terri me acordaram: já estavam indo para o mercado. Fui encontrá-los carregados de sacolas com peixes, verduras, limão, frutas. Já pra casa que o peixe não pode ficar tanto tempo fora da geladeira sem tempero, e o processo de feitura é demorado, vamos começar logo. Com sorte, as 13 horas estamos almoçando.

Sob o comando então do Meirelles, Terri, Liulda e eu trabalhamos e nos divertimos na cozinha. Dois pratos foram preparados: peixe assado “a pizzaiolo” e uma moqueca de tucunaré. Os peixes que foram para o forno (três matrinchãs) inicialmente ficaram imersos em água temperada com verdinhos diversos e sal. Depois de um tempo ali, antes de ir para o forno, receberam generosas injeções da água em que estiveram de molho. Injeção mesmo, com seringa e agulha gigantes! Então, nada de ficar passando sal no peixe antes de levá-lo ao forno, que faz a carne ficar ressecada e dura. Após isso, o toque “a pizzaiolo”: rodelas de cebola e tomate espetadas no couro do peixe. E lá se foram eles para o forno, onde ficaram por mais de hora, regularmente sendo banhados pelo molho inicial de água, sal (pouco) e verdinhos.

Mais havia outro prato pra preparar: a moqueca! Se o peixe é cozido, pode salgar, e com muito sal, para as postas ficarem meio durinhas mesmo. Enquanto isso, pegue as cabeças e cozinhe na água, sem qualquer tempero. Ferveu, começou a desmanchar, apague o fogo e separe todo os ossos, escamas e coisas não comestíveis. O que fica – a água com a cabeça dissolvida – é, olha o segredo da coisa, onde o peixe será cozido. Aí vc pode pegar o peixe salgadíssimo, lavar ele, e colocar na água da cabeça. Se quiser, adicione um pouco de leite de coco, vai do gosto do freguês. Pronta a moqueca, uma delícia!

Finalmente, chegou a hora de comer. A esta altura a fome era grande e o povo estava animado com a cachaça mineira que o Elson Martins trouxe e o cajú com sal. O Edgar e o Edu haviam chegado. As crianças presentes estavam alvoroçadas com as cachorrinhas, crias da Luna e Alecrim que estão agora com um mês de vida. Fizemos ainda uma saladona, arroz, pure de macaxeira e um pirão escaldado com parte do caldo da moqueca e farinha de Cruzeiro do Sul, e a talentosa mão da Elizete. A comilança teve fases e comensais, até o Macedo deu uma passadinha. O Joaquim e família Yawanawa deram a honra da presença, e ainda uma rodada de rapé de alto nível no fim do dia, na varanda, entre as árvores.

É, teve bom, como se diz. Ei, Meirelles, vamos repetir o programa e conhecer outras receitas!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Uma assembléia no tempo IV

O dia seguinte foi aberto com a apresentação das chapas concorrentes e um discurso de cada um dos candidatos, que não assisti pois me atrasei na casa do meu afitrião na foz do Tejo. Quando cheguei ao local da assembléia, a votação fora iniciada. Na escola, de longe, via uma aglomeração absurda de gente, como se todos quisessem votar ao mesmo tempo. Um sol de chuva brilhava e queimava. Não estava muito fácil. O calor era grande. Soube que estava levando muito tempo para que os mesários da eleição encontrassem o nome do eleitor na lista assinada no dia anterior, já que esta não estava em ordem alfabética. O pessoal do BIS, que desde o dia anterior estava ali e ajudara na fila da alimentação, tentava apoiar a organização da muvuca da votação. Não me atrevi a chegar perto.

Logo soube que se decidira mudar o processo: ao invés de procurar o nome das pessoas na lista, os eleitores iriam ser chamados a votar, pelo microfone. E assim o processo reiniciou. Mas a multidão não arredava o pé e a concentração de gente na entrada da sala de votação permanceu. Uma lógica interessante: ao invés de procurar um lugar para se sentar e aguardar seu nome, a maior parte das pessoas queria era ficar ali mesmo, embora apertadas e sem lugar para sentar. O pessoal do BIS continuava no apoio, tentando organizar aquele povo que relutava em ser enfileirado. Bravos rapazes os do BIS, pelo menos vi o Exército servindo o povo naquela foz do Tejo!

Surgiu então um assunto que deu muito o que falar: havia uma solicitação de que a lista de assinaturas para eleitores fosse mais um vez reaberta para os retardatários que chegavam para votar. Isso foi motivo de opiniões contrárias entre os partidários de uma e outra chapa, mas os dois candidatos a presidente acabaram concordando em que a lista fosse reaberta até o meio-dia. Esta autorização foi motivo de crítica dos partidários de Zé Augusto até muito depois de terminada as eleições. Diziam: fora por meio daquele expediente que muitos moradores da vila Thaumaturgo conseguiram votar, mesmo sem residir na Reserva.

O fato é que no domingo a foz do Tejo bombou. Encheu mesmo, muita gente da vila, gente que veio para vender coisas (lanches, refrigerantes, churrasquinhos) e também para passear, e sem dúvida para tentar votar. Não saberia dizer quantos acabaram fazendo-o e nem como conseguiram, já que os mesários supostamente conheciam quem era ou não morador da Reserva. Conversei pelo menos com um atual morador da vila, ex-morador da Reserva mas que tem nesta toda a sua família (pai e irmãos) e que foi impedido de votar. Mas ouvi outros casos onde esta negativa não teria ocorrido. Tem uma ambiguidade aí, pois muitos desses “moradores da vila” (mas não todos) são ex-moradores da Reserva, alguns inclusive mantendo uma casa na vila e outra na Reserva, ou ao menos um roçado ou seu gado, por exemplo. Onde afinal mora esta pessoa? Os estatutos são omissos sobre casos assim, que por sua vez atingem mais aquelas pessoas que moravam perto da vila, e não as dos altos rios.

Por falar em estatutos, gostaria de assinalar que o vice-prefeito eleito, o sr. Maurício Praxedes, permaneceu o sábado e domingo na foz do Tejo, conversando com seu candidato (Domingos), partidários e os que o procuravam. Na foto acima ele conversava com a equipe do BIS. Enfim, esteve bastante ativo durante todo o tempo, mesmo porque, como ele mesmo disse na sua fala de abertura, era um eleitor. Como assim? Pois é, boa pergunta. O fato é que modificações nos estatutos foram realizadas durante os últimos anos, sob o comando de Orleir Fortunato, e nas quais Maurício Praxedes era uma pessoa-chave, controlando o funcionamento da cooperativa. Entre essas mudanças esteve a de permitir que pessoas que prestassem relevantes serviços a Reserva ou a Associação (não sei bem a redação pois este último estatutos, que mais deve parecer uma colcha remendada, nunca chegou as minhas mãos) pudessem votar. Quem será que defendeu uma coisa destas? Pessoas de fora, ou que não são seringueiros ou agricultores, votando numa associação de representação justamente dessas categorias? Acho sinceramente um absurdo este tipo de coisa, um abuso. E caberia ainda perguntar que relevantes serviços são estes já que a Associação encontrava-se sem nem um palito de fósforo próprio?! Quem está no meio de movimento de trabalhadores sem o ser, ou é para apoiar na coadjuvância, ou está querendo tomar a direção da coisa.

E assim a coisa foi indo. Até que caiu a maior chuva, e a lama ficou boa mesmo – pra escorregar! Enquanto isso o almoço saiu, muito tumultuado, segundo relatos, e as eleições não pararam, chamando nome de eleitores a todo momento. Neste meio tempo, inventaram de despachar o combustível para os sócios, e aí a confusão ficou boa e uma fila só conseguiu ser minimamente organizada com a presença a autoridade da Polícia Federal. Muitos reclamavam que o despacho de combustível contemplara moradroes da vila, ou fora feito de forma inadequada, contemplando com muita gasolina quem mora perto e com pouca quem mora longe. Enfim, gasolina, diesel, esses assuntos, são danados pra dar confusão.

Ainda fiquei ali pela foz do Tejo até o final do dia, conversando com velhos amigos e amigas que a todo momento encontrava. Tanta gente boa! Encontrei, por exemplo, com o sr. Iraçu, o primeiro sócio da Associação, como ele mesmo lembrou, ainda nos tempos do Macedo e do Mauro Almeida, como ele também fez questão de assinalar. Emocionou-se dizendo do quão bons eram aqueles tempos, e mandou um abraço para os dois amigos dos quais não esquece.

E muitos representantes dos povos moradores das Terras Indígenas vizinhas a Reserva também se fizeram presentes - uma presença que foi tão marcante nos primeiros tempos da Reserva e que nos últimos dez anos tinha desaparecido. Pois nesta assembléia fizeram-se presentes, inclusive membros de uma aldeia Kaxinawá que está instalada dentro da Reserva, no rio Breu, sem que isso esteja significando qualquer tipo de conflito com os "brancos".

Mais tarde, já na casa do Nonatinho e da Maria, onde também estavam hospedadas outras pessoas, como a vibrante e conversadora-sem-papas-na-língua dona Zefa, irmã da dona Nazaré de quem já falei, e outras pessoas do Bagé, vimos nosso anfitrião, que justamente fazia aniversário naquele dia, entrar chorando em casa e se enfiar dentro do quarto. Logo ele saiu e anunciou que Zé Augusto perdera por 11 votos. Estava inconformado, repetia a todo momento que toda culpa fora da reabertura da lista de votantes naquele domingo. Logo outras pessoas chegaram, todas incorformadas e dizendo que no local da assembléia estava uma tristeza só por parte dos eleitores do Zé Augusto. Mas era aniversário do Nonatinho, e mais tarde não resistimos e cantamos – todos os hóspedes e família – um parabéns bem animado para o nosso anfitrião aniversariante.

Quanto ao Zé Augusto, este só fui ver no dia seguinte, ainda com a mesma roupa do dia anterior e preocupado com o combustível para os sócios voltarem para casa. Seu ânimo não estava comprometido. Disse: “é isso aí, vamos em frente”. É, ficar parado é que não dá. Mas o que será que aconteceu? Votos da vila explicam a derrota, que foi tão apertada? Domingos com 478 votos e Zé Augusto com 467 (mais 12 nulos, totalizando 957 votos). Fiquei pensando se não houvera uma transferência de votos das eleições municipais, ou seja, se muitos dos eleitores do PMDB não teriam transferido seus votos para Domingos nas eleições da Asareaj. Não sei. Será que o Zé Augusto ficou identificado com uma candidatura do PT? Não sei, talvez não, pois se este fosse o caso acho que a diferença teria sido maior entre ele e Domingos. Afinal, foram só 11 votos...

Pegamos – Terri, eu e Eliza, esta debutando na região – uma carona de canoa para voltar para vila e cruzamos com o batelão do fazendeiro Otávio, soltando rojão em comemoração pela vitória de Domingos, imaginamos. Ele, assim como outros, como o sr. Antonio Vieira, associaram-se e votaram nas eleições. Como isso foi possível? Quem os associou? Sua felicidade pela vitória de Domingos não deixava muitas dúvidas sobre isso.

Em Marechal Thaumaturgo, antes de voltar para casa, ainda presenciei uma movimentação ferrenha por parte dos moradores do Bagé, que desceram todos da foz do Tejo para a vila. Estavam inconformados com o resultado das eleições, e com a situação de desrespeito na Reserva. Pela diretoria eleita não nutriam qualquer esperança de mudança. Ainda no mesmo dia veio a notícia de que algumas irregularidades haviam sido identificadas nas eleições da Asareaj: o candidato eleito seria beneficiário do Projeto de Assentamento do Amônia, portanto um assentado; a presença de um número maior de votos do que de eleitores que assinaram a lista; o fato de fazendeiros terem votado. Começou a se formar um movimento daqueles que queriam a impugnação das eleições. Não sei bem como ficou, pois viajei sabendo que estava sendo organizado um abaixo-assinado. A semana passada, por telefone, soube que a ata da assembléia misteriosamente ainda não teria sido registrada. Mas que Domingos estaria em Cruzeiro do Sul, “apoiado por dois advogados” e disposto a brigar na Justiça por sua vitória.

Enfim, aí já estamos no campo da chamada rádio-cipó. Aguardemos os próximos capítulos desta trama, que parece que ainda vai longe...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Uma assembléia no tempo III

Marcada para os dias 25 e 26 de outubro, a assembléia só foi realmente aberta na parte da tarde do primeiro dia. Toda a manhã fora dedicada a cadastrar os sócios-eleitores que chegavam à foz do Tejo, local da assembléia. Esta foi a medida adotada para tentar evitar que não-sócios conseguissem votar nas eleições para presidente da Associação, como ocorreu, segundo relatos, nas últimas assembléias e teriam ajudado a garantir as sucessivas reeleições de Orleir Fortunato. Por “não-sócios” refiro-me aqui aos “moradores da vila”, como são conhecidos os habitantes da sede municipal, distante a menos de uma hora da foz do Tejo. Como se comprovou, a medida não foi de todo descabida, embora também não de todo eficaz.

Apesar do desaparecimento da sala de reuniões, hospedaria e refeitório da Associação – que um colaborador da diretoria que encerrava o mandato convenientemente atribuía ao fato do barranco estar “quebrando” e a roubos praticados por desconhecidos – ou seja, apesar da precariedade das instalações disponíveis, o grupo que, junto com Zé Augusto, organizara a assembléia, o tempo todo defendera que a assembléia devia ocorrer mesmo que “no tempo”, isto é, ao ar livre. A situação em que a Associação realizava sua assembléia espelhava nada mais, nada menos do que a situação real em que se encontrava.

A Prefeitura (do PT) concordara em mandar construir uma estrutura de casa coberta de lona plástica (esta paga com recursos da assembléia), como se vê na foto acima. O chão, contudo, não foi nivelado; era de capim, roçado contudo. A cozinha funcionou na antiga casa de um morador, já desabitada e convertida em sala de aula no período escolar. Na escola propriamente dita funcionou o local de votação. Assim, espaços públicos cobertos eram dois: o da casa de lona, onde ocorreram as atividades do primeiro dia, e a escola.

Para comer, era entrar na fila, pegar o prato e arrumar um canto para se sentar; bancos haviam uns poucos, mas algumas toras de madeira foram convertidas em assentos. Para dormir, a casa de lona foi usada, assim como de moradores da localidade e das proximidades (dentro do rio Tejo, por exemplo); um batelão da prefeitura também foi cedido para as pessoas passarem a rede, assim como o do sr. Otávio, um fazendeiro residente na foz do Caipora, dentro dos limites da Reserva. Assim, a maior parte do espaço ocupado pelos participantes era ao ar livre, sob sol e chuva – tal como profetizado, no tempo.

Após o almoço, que mesmo com pratos insuficientes ocorreu com relativa tranquilidade, foi aberta a assembléia. Não sei dizer quantos participantes encontravam-se naquele momento na foz do Tejo, mas já passávamos dos 400, com certeza. O presidente em exercício, o sr. Evandro Lima Firmino, foi o primeiro a discursar, agradecendo a todos pela presença mas sem dar qualquer esclarecimento sobre a situação da Associação que estava entregando a diretoria a ser eleita. Em seguida, já sob o comando da Mesa Coordenadora dos trabalhos, presidida pelo STR, vários falaram: Benki Pianko(Apiwtxa/Yorenka Ãtame), eu mesma, Adalberto Iannuzzi (ICMBio/Ibama, de Rio Branco), Terri Aquino, Erisberto (vereador encerrando mandato pelo PT e candidato a vice na chapa de Zé Augusto), Maurício Praxedes (verador encerrando mandato pelo PMDB, vice-prefeito eleito pelo mesmo partido e assessor das últimas diretorias da Associação), João (presidente do STR), entre outros.

Já durante a primeira fala, de Benki, a chuva caiu, e forte. Foi interessante, porque criou uma situação de efetiva reunião de todos ali de baixo daquela casa de lona. Não dava para sair dali, e o jeito era ficar bem juntinho. O barulho da chuva na lona era forte, mas o microfone também falava alto, e ali ficamos todos até o final desta abertura mais formal. Ao final de algum tempo de chuva, muitos já estavam com os pés dentro d’água. Mas havia uma predisposição e boa vontade de quem estava ali, isto era visível. Com toda aquela precariedade material, as pessoas estavam interessadas no futuro da Reserva e de sua Associação. Foi mesmo comovente observar isso, mas, mais do que isto, foi gratificante: depois de tantos anos de Reserva, era possível perceber uma maturidade em muitas falas.

Da parte dos convidados, gostaria de registrar aqui a fala do representante estadual do ICMBio/Ibama, que assumiu publicamente a ausência da instituição da área, desculpou-se como pôde explicando a reestruturação pela qual passara o órgão, e, principalmente, comprometendo-se a novamente marcar presença na Reserva. Este ano, assegurou, já haverão algumas reuniões comunitárias visando marcar este tempo de retorno. Este foi um fato relevante, e que merece apoio e monitoramento.

Terminadas as falas dos convidados, o microfone foi aberto para quem desejasse se pronunciar. Várias foram as falas: de dona Nazaré, com seus 80 anos de vida no alto rio Bagé, uma veterana das assembléias da Associação, sempre na primeira fila, assistindo a tudo do primeiro ao último dia; o sr. Sebastião Estêvão, outro veterano dos tempos em que Macedo começou a andar na área; dona Maritô, valente moradora do rio Amônia, dedicada a buscar os direitos daqueles que se acham ameaçados pela criação de uma Terra Indígena naquele rio; Valmar Calixto, da família dos Cunha, compositor e cantor; Toinho Grajaú, do rio Bagé; um morador do rio Caipora, que valentemente denunciou a ação do fazendeiro das imediações amedrontando os moradores; João Gonzaga, seringueiro, poeta e artista, morador da colocação Solidão, no alto rio Bagé, entre outros. O renascer da Reserva era uma imagem constante nessas falas, algumas defendendo um ou outro candidato a presidente da Associação.

Assim encerrou-se o primeiro dia. Minha impressão era que tudo corria bem, e acho que não estava de todo errada. Claro que o pessoal da cozinha e de apoio trabalhava de forma redobrada para dar conta do volume de pessoas que só crescia. Previa-se uma insuficiência de combustível. A lista de cadastramento de sócios-votantes teve que funcionar até as 17 horas dada a chegada a todo instante de moradores da Reserva. A lama tornava o deslocamento dos participantes pelo local bastante desconfortável. Mas o clima era tranquilo, não havia animosidade no ar. Neste dia houve mesmo cantoria, e a dupla João Gonzaga e Joãozinho mais uma vez brindou a todos com suas canções e interpretações.

Para mim, a previsão de vitória nas eleições era imprevisível. Ouvi opiniões contraditórias todo o tempo: “Zé Augusto vai ganhar”, “Domingos vai ganhar”. A disputa era grande, estava claro.