quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Um pouco de história

"Au IIIe siècle avant Jésus-Christ, un peuple celte de pêcheurs et de marchands, les Parisis, s'installer sur une île de la Seine où il fonde sa capitale, Lutèce, village relié à la terre ferme par deux ponts de bois. (...) Engagés dans la conquête de la Gaule, Jules César et son armée répriment durement le soulèvement des Parisis alliés à Vercingétorix: Lutèce devient romaine et connaît des années de paix et de properités." (extraído do livro "Paris à la loupe. Du Moyen Âge à 1900", de Claire d'Harcourt, editoras Seuil/Le Funambule, 2002)

Paris, portanto, chamou-se no seu nascimento Lutèce, a Lutécia que lemos nos livros de aventura de Asterix, Obelix & Cia. Nos primórdios, então, um povo chamado "parisis" se instalou na hoje conhecida Île de la Cité, e a partir dali tudo começou. É uma história antiga, em especial para quem, no Brasil, está acostumado a uma antiguidade de 500 anos apenas (desconsiderando, claro, toda a antiguidade dos povos nativos). A fundação de Lutèce data de 300 anos antes de Cristo. Naqueles idos vemos Júlio César à frente de um império em expansão. Lutèce é atingida e anexada ao Império Romano. Os livros sobre a aldeia gaulesa de Asterix são justamente desta época: lá está Júlio César tentando conquistar toda a Gália, e lá está a aldeia chefiada por Abracurcix, que resiste bravamente com a ajuda de uma "poção mágica". Vejam que os parisis aliaram-se a um possível parente de Abracurcix chamado Vercingetorix...

Depois desta ocupação romana, que entrou em decadência já na era cristã, vieram os temíveis bárbaros - socorro! É famosa a tentativa de invasão de Paris (o nome Lutèce já fora substituído) pelos Hunos, chefiados por Átila, que chegaram até os portões mas não entraram, milagre que é atribuído a Sainte Geneviève, eleita padroeira da cidade. Houve ainda uma ocupação germana e depois uma normanda (os Vikings), que acabaram, estes últimos, ficando com uma parte do território, a Normandia, hoje francesa.

Muitos povos, portanto, passaram por aqui e constituíram o que hoje chamamos de França: romanos, "bárbaros", germanos, normandos. Adicione-se a esta mistura migrações italianas, polonesas, espanholas, portuguesas, africanas et tout le monde, et voilá: o francês! O atual presidente da França, Sarkozi, por exemplo, é filho de pai húngaro e mãe grega, e atualmente casado com uma italiana. Com tanta mistura, foi com agradável surpresa que, passeando de bicicleta na floresta de Saint-Germain-en-Laye (uma área de 3.500 ha), encontrei uma família nativa de extrativistas de amora!

Bom, Saint-Germain é uma outra história. É uma vila antiga também (tudo aqui é antigo), com cerca de dois mil anos de história...

Um comentário:

Válber Lima disse...

Olá, Mariana. Tudo Bem? meu nome é Válber. Moro em CZS. gostaria de saber de vc, como faço para adquirir um exemplar do livro Os Milton. será que ainda é possível? abraço