domingo, 3 de agosto de 2008

Dia impressionante

Primeiro, do Musée D'Orsay, onde fui atrás do quinto andar para ver obras daqueles que ficaram associados ao "movimento impressionista". Gente como Monet, Cézanne, Renoir, Pissaro, e mesmo van Gogh (que adoro!).

A fila estava grande, tanto porque hoje é domingo quanto porque no primeiro domingo de cada mês a entrada é gratuita em todos os museus parisienes. Mas deu de entrar e também de exercitar a concentração pois as salas estavam mesmo lotadas de gente.

Depois de umas quase quatro horas ali delirando e mirando com tudo aquilo, atravessei o Sena, caí no Jardin de Tuileries e fui pra outra fila, a do Musée Orangerie, onde estão telas gigantescas do Monet, as conhecidas "Nymphéas", obras já da maturidade do pintor - fascinantes.

No andar de baixo tem a maravilhosa coleção de um marchand chamado Paul Guillaume (morto em 1930), e lá estão os impressionistas de novo. O máximo, este museu é muito lindo, imperdível. Você só fica em boa companhia, com a vantagem que ele é menor do que o D'Orsay, aí fica mais íntima a relação com os quadros, sei lá. Sei que gostei demais deste espaço. E que também voltarei ao D' Orsay porque ficou muita coisa pra ver. Tem uma coisa legal aqui que são dias em que os museus ficam abertos até umas 22 horas, e costuma ser mais vazio neste final de expediente. Vou tentar.

Depois deste dia emocionante, deu fome. Fui então em busca da rue Montorgueil, que é cheia de lugares para comer, rua de pedestre, já no rumo do Marais, um bairro cult que ainda não fui visitar. Da onde eu estava dava até pra ir a pé, mas resolvi tornar o dia mais emocionante do que já estava e arrisquei-me de bicicleta por Paris. Pena que não tenho foto! Por toda cidade existe há algum tempo um sistema de transporte público de bicicletas - o Velib. São pontos cheios de "vélo" (bicicletas) com um sistema eletrônico que você paga e pega a sua bicicleta e vai até onde você quer, aí deixa a vélo num outro ponto. É que nem ponto de ônibus, tem por toda cidade: você tanto pega quanto deixa a vélo, que é propriedade pública - a prefeitura faz inclusive a manutenção. Pois bem, ainda não tinha experimentado, e hoje experimentei! Pedalei e, claro, me perdi... mas logo me achei e cheguei na rua que eu procurava. Deixei a bicicleta num ponto próprio e fui atrás de um lugar para comer. Acabei parando num restaurante libanês.

Já estava passando mal de fome, depois de tantas emoções impressionantes e ciclísticas. A sorte era que o dono do restaurante, um libanês, falava um pouco de inglês, que somado ao meu francês macarrônico permitiu a comunicação. Até cerveja libanesa deu de tomar! E vive la France!

Um comentário:

Dona Sra. Urtigão disse...

Mariana, desculpe-me as intromissões, é que sou mesmo uma "velha metida".
Só para dizer que estou adorando passear com voce. Agradecida.