quinta-feira, 31 de julho de 2008

Visitando o Mestre Rodin

Fui hoje ao Museu Rodin, programa obrigatório para quem vem a Paris.

Auguste Rodin (1840-1917) foi um importante e famoso artista francês do final do século XIX e início do XX; foi contemporâneo de pessoas como Van Gogh, Renoir, Monet. A casa acima não foi propriamente a morada dele, e sim principalmente seu atelier, e que pouco antes de sua morte foi transformado num museu para abrigar sua obra. É uma bela construção, por dentro bastante simples até. Dentro e fora da edificação, as esculturas (em bronze e mármore principalmente) estão dispostas. As mais grandiosas, de bronze, estão ao ar livre, onde as flores - rosas em especial - rivalizam com elas [as esculturas] quem é mais bela. Vejam "O Pensador" abaixo.

Esta a seguir tem o nome de "A Sombra" e, como várias outras, é parte da "Porta do Inferno", uma obra que Rodin ficou anos e anos fazendo e que, ao morrer, não estava fundida em bronze, e sim modelada em mármore e com várias indicações de como deveria ser terminada. E assim foi feito.

É impressionante a Porta (foto abaixo), embora não tenha conseguido tirar nenhuma foto muito boa por causa da luz do sol. Mas vejam, até "O Pensador" está nela, no alto, abaixo das "Três Sombras", que também têm uma existência independente da Porta, como pode ser visto na segunda foto abaixo, em que as "Três Sombras" está cercada de visitantes, o que dá o clima do lugar e a dimensão das esculturas.


Esta outra aí abaixo é uma homenagem a Victor Hugo, de quem Rodin era totalmente fã. Chama-se "Homenagem a Victor Hugo". Segundo o que me foi informado, Rodin colocou o poeta e escritor numa posição imponente, como que parando as ondas do mar para melhor ouvir sua voz interior. Às suas costas, "A Meditação", que aparece em outros momentos da obra de Rodin, e atrás dele [de Victor Hugo], a tragédia, inspirando-o. É muito linda a escultura.

Dentro do Museu tem outras coisas lindas, como o beijo, escultura famosíssima e de grande sensibilidade. Aliás, há várias esculturas em mármore que envolvem casais, homens e mulheres.

Coloco para terminar uma escultura que não anotei o nome mas é incrível, pois o mármore está transparente, reparem, dá para ver a luz do sol do outro lado.

Pra mim resta inexplicável como esses escultores faziam coisas tão delicadas em materiais tão brutos e duros, como o mármore e o bronze. Tem um filme, que gostaria de rever, chamado "Camille Claudel", com o Gerard Depardieu no papel de Rodin e a Isabelle Adjani no de Camile. Camile foi uma assistente, discípula e amante de Rodin. O filme conta isso e outras coisas, mas é dramático, porque depois os dois romperam e Camille não teve um bom destino, me parece. De todo jeito, no museu tem uma sala com obras dela, que são belíssimas. Tem algumas delas, acho que duas, em que ela usa aquele mármore verde junto com bronze, nossa, dá um efeito sublime... Mais um bom motivo para conhecer o museu do Mestre Rodin.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi tentei postar ontem mas não consegui. Vou tentar novamente pra dizer: Que legal essa sua generosidade de ficar partilhando com a gente as belezas e descobertas interessantes da viagem.
Ontem comentei com o Elson Martins, que acabou de chegar das férias passadas em Natal e está cheio de estórias pra contar, sobre esse seu diário de viagem. A gente acaba viajando um pouquinho com você. Uma dica: aproveite os momentos de solidão da viagem pra encontrar e conversar com vc mesma também.
Abraços e Bjs,
Marisa.