
Para os que não estão acompanhando os últimos acontecimentos na fronteira acreano-brasileira e peruana, continua a invasão das nossas florestas por madeireiras peruanas. Há um verdadeiro cerco se formando. A Terra Indígena do Benki e seu povo já vem há anos sendo vitimada, e a triste novidade é que a invasão chegou a Reserva Extrativista do Alto Juruá, no seu flanco oeste e sul (cf. postagem “Cerco na fronteira”).
Pois bem, houve uma ação do Ibama e do Exército na fronteira, quando prisões foram feitas. Todo o trabalho sujo das madeireiras peruanas envolve alianças suspeitas (quais seus termos?) com povos indígenas que vivem na região. Há coisas como madeireiras financiando planos de manejo de comunidades indígenas, que depois a elas venderão suas madeiras.
Um dos tenentes do Exército relatou ao Benki que um morador da Reserva Extrativista, que atuara como guia naquela expedição, estaria sendo ameaçado de morte por “índios peruanos”, que o teriam procurado em sua casa. O caso, do pouco que se sabe até o momento, não teve maiores desdobramentos, mas deixou o guardião em estado de alerta.
“Como líder da comunidade Apiwtxa vejo que isso é um jogo sujo da empresa Venao [empresa madeireira] por estar manipulando nossos parentes indigenas para entrar em conflito com o nosso País brasileiro ameaçando pessoas e comunidades”.
Este guardião é de valor. Fiquei pensando nos argumentos que afirmam a insegurança de nossas fronteiras internacionais por incidirem nelas Terras Indígenas. Disse ao Benki, quando nos falamos no dia 15: “que bom que você está aí”.
Um comentário:
Oi, Mariana!
Muito legal o seu blog. Uma boa fonte de informaçao pra todos que tem interesse em preservar toda a riqueza do nosso país. Vc faz um belo trabalho relatando o que acontece aí no Acre.
Parabéns,
Isabela.
Montréal.
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