
Cheguei com tudo acontecendo: providências domésticas, carteira de motorista vencendo, aulas na UFAC começando e os projetos com atividades marcadas. Filtrei o máximo que consegui para poder me poupar minimamente - e quem sabe até curtir a falta de referência que por vezes ameaçava se instalar - mas este universo que me é mais familiar e caro não estava muito disposto a me dar folga. Depois de quase 50 dias fora, ainda precisa de mais tempo? Ora, ora, 'bora cuidar! Mas eu sou boa de rebolado, e ganhei um tempinho aqui e ali. Nesta vitória, parece até feitiço contra a feiticeira, inclui uma licença na UFAC para uma viagem de campo...
Pois é, estou agora em Cruzeiro do Sul. Amanhã sigo viagem para Marechal Thaumaturgo. Do Velho ao Novo Mundo mesmo, agora sem nenhum perspectivismo. Da Civilização para a Selva. Engraçado isso: vim da terra dos colonizadores e vou para a dos colonizados, no caso o alto rio Juruá, região nativa de povos indígenas que no século XIX começaram a receber os brancos chegantes. Muita água rolou, e os brancos que hoje habitam lá, descendentes em sua maioria destes povos nativos e de nordestinos migrantes, mantém relações tensas e contraditórias com seus vizinhos indígenas e a sociedade nacional-mundial a que pertencem.
Parece que na Yorenka Antame tem internet. Se tiver, vou tentar postar de lá.
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