Falemos agora de São Paulo. Bom, fiz uma passagem meteórica na cidade, 24 horas. Fui visitar um amigo querido que acabara de passar por uma delicada e bem sucedida cirurgia. E aproveitei para rever alguns bons amigos de tempos antigos, de Campinas, Unicamp. Um bom tempo mesmo. Passou, mas os amigos ficaram, é o que vale.
Cheguei no aeroporto de Congonhas no final da tarde. Meu destino era nas proximidades da Vila Madalena, então resolvi pegar um ônibus até a estação de metro mais próxima, São Judas Tadeu. Fui para o ponto. Ali realizei na hora que chegara numa cidade diferente de Brasília: trânsito denso, mil ônibus para tudo quanto é canto, pessoas passando para lá e para cá, vendedores ambulantes, fumaça, um certo clima de caos. Veio o ônibus, não demorou muito. Entrei e arrumei um lugarzinho, de pé, meio malocada, perto do cobrador. Do aeroporto à estação não é longe, quilometricamente falando. Mas, na real, levou mais de uma hora. Congestionamentos – uma das marcas da capital paulistana. E o ônibus encheu de uma maneira inacreditável. Não tem foto aqui porque fiquei com vergonha de tirar, mas merecia. Pra quem estava sentindo falta de encontrar gente na rua, foi uma overdose... No metro não foi diferente, com a diferença que o trem anda em trilhos desimpedidos. Dentro dos vagões, bem, sessão “lata de sardinhas”. Muito tempo que não passava por isso, não chegou nem a ser ruim. Só cansativo. Imagina quem vive isso todo dia?!
Fui pra casa da minha amiga Bia Labate. À noite saímos para jantar. Onde ir? Bia tem uma inacreditável e fascinante coleção de cartões de restaurantes; um certo hobby: conhecer, experimentar e colecionar os cartões. Na hora de sair: “o que você quer comer?”. Aí tinham cartões de restaurantes italianos, japoneses, mexicanos, macrobióticos, lanchonetes, lugares finos e por aí vai, e ainda classificados entre aqueles ruinzinhos e os que valem a pena (re)conferir. Optamos por um japonês na Liberdade. E lá fomos nós.
Não sei andar em São Paulo, mas gosto de ver a cidade, principalmente com alguém que a conhece. Passamos pela avenida Paulista iluminada, taí uma foto.
No dia seguinte, feita a visita que me levara à cidade, tomei o rumo do aeroporto. Digno de mencionar, novamente o trânsito intenso. Desta vez pude apreciar a quantidade de carros e motos de dia, e tirar fotos. Impressionante. As motos, e motoboys em particular, fiquei sabendo, estão aos poucos conquistando uma espécie de pista própria entre os carros, e nos congestionamentos passam a uma velocidade temerosa. Mas é interessante ver como certas regras se impõem sem que o poder público legisle sobre elas - mesmo em metrópoles como Sampa, com tantas seres pensantes e com suas próprias opiniões e idiossincrasias. Não sei muito bem como, um acordo tácito, consensuado, se estabelece – e ganha força de lei: um tipo de direito costumeiro achado no asfalto...
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