Semana passada dei um rodo pelas capitais Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro – e voltei a nossa boa e velha Rio Branco, outra capital. Foi uma pequena maratona. Vão aqui algumas impressões de viagem.
Brasília. Bom, gosto de ir lá, gosto do céu de Brasília. E tem muitas árvores também. É bonito. É verdade, pouca gente na rua; aliás, nem tem rua, quer dizer, o que a gente chama de rua, aquele espaço sociológico com casas, prédios, pessoas andando pra lá e pra cá, jornaleiro, padaria, essas coisas. Tem as super-quadras, com seus complexos residenciais: cada super-quadra tem blocos com as letras do alfabeto; são prédios agradáveis, pois não muito alto, em torno de seis andares. Aí pode ter uma área de lazer comum, por vezes escolas. Entre uma super-quadra e outra, uma área comercial. Ali seria o mais próximo do que chamamos de “rua” – mas é pequeno, não tem muita graça, ao menos para mim. Sempre pensei: se um dia eu for morar em Brasília, o que será que vai ter na área comercial da minha super-quadra? É uma loteria. Você pode morar numa super-quadra meio “lado A”, tipo convencional, ou “lado B”, que tem um bar da moda meio cult, tipo do Beirute, por exemplo. Sei lá, coisas bobas que me vêm à mente.
Lá em Brasília fui para uma reunião no Ibama. O Ibama é imenso, parece um campus universitário, bonito o lugar. E gente, muita gente, um monte de funcionários, fiquei impressionada! E pensei: pôxa, se a gente chega lá no Ibama de Rio Branco dá até vontade de rir, no de Cruzeiro do Sul então, de chorar – e olha que este último é responsável por uma das áreas de maior biodiversidade do planeta... Acho que esta divisão de funcionários por estado ou região deve estar meio equivocada. Não faz sentido.
Outra passagem em Brasília ilustrativa sobre esta coisa de ser uma cidade diferente:
Num dos dias, início da noite, ficamos Terri, Marcelo e eu ilhados na UnB. Não conseguíamos um taxi para sair dali. Um ônibus, pelo amor de Deus! Não rola, nem adianta. Fomos andando até uma avenida que o Terri jurava de pé junto que era a tal da L2 (isso lá é nome de avenida?). Ligamos para a Ingrid, novata na cidade, chegou há dois meses, mas que se animou a ir nos resgatar onde estávamos. Explicamos, demos o nome da avenida, lemos as placas que haviam perto de nós. Esperamos, esperamos, esperamos e nada de Ingrid. Aí ligamos para ela, no celular, “cadê tu?”. Ela estava perto, tinha se perdido mas estava perto. Okay, estamos aqui, te esperando. E toca esperar, e nada de Ingrid. Liga de novo: “já andei a L2 inteira e não vi vocês”, ela disse. Mas será o Benedito?! Onde será que estamos? Não havia um cristão para perguntar, nenhum, só carros passando a toda. E a Ingrid rodando e nós esperando. Mas veja, tem alguém se aproximando: “moço, qual o nome desta avenida?”; “Ah, L4”. Hum, liga pra Ingrid e avisa. E nada da mulher chegar. Começa a chover, meu celular, o único que tínhamos, caindo a bateria, vai desligar! E a chuva aperta, vamos para debaixo de uma árvore, liga pra Ingrid, tá procurando, quase desistindo. Aí a chuva apertou de vez, vai molhar o meu notebook! Corre para dentro de um posto de gasolina fechado. E desce água! Ligamos para o Cloude, amigo brasiliense, que não sei como conseguiu destrinchar onde estávamos – na L3!!! – e ligou para a Ingrid avisando... o celular vai desligar, tá piscando... Que robada... Mas vamos pensar positivo, pensa positivo pessoal... A Ingrid! Ah, finalmente chegou! Entramos no carro molhados, e a bateria do celular cai de vez...
Amanhã conto de São Paulo.
Brasília. Bom, gosto de ir lá, gosto do céu de Brasília. E tem muitas árvores também. É bonito. É verdade, pouca gente na rua; aliás, nem tem rua, quer dizer, o que a gente chama de rua, aquele espaço sociológico com casas, prédios, pessoas andando pra lá e pra cá, jornaleiro, padaria, essas coisas. Tem as super-quadras, com seus complexos residenciais: cada super-quadra tem blocos com as letras do alfabeto; são prédios agradáveis, pois não muito alto, em torno de seis andares. Aí pode ter uma área de lazer comum, por vezes escolas. Entre uma super-quadra e outra, uma área comercial. Ali seria o mais próximo do que chamamos de “rua” – mas é pequeno, não tem muita graça, ao menos para mim. Sempre pensei: se um dia eu for morar em Brasília, o que será que vai ter na área comercial da minha super-quadra? É uma loteria. Você pode morar numa super-quadra meio “lado A”, tipo convencional, ou “lado B”, que tem um bar da moda meio cult, tipo do Beirute, por exemplo. Sei lá, coisas bobas que me vêm à mente.
Lá em Brasília fui para uma reunião no Ibama. O Ibama é imenso, parece um campus universitário, bonito o lugar. E gente, muita gente, um monte de funcionários, fiquei impressionada! E pensei: pôxa, se a gente chega lá no Ibama de Rio Branco dá até vontade de rir, no de Cruzeiro do Sul então, de chorar – e olha que este último é responsável por uma das áreas de maior biodiversidade do planeta... Acho que esta divisão de funcionários por estado ou região deve estar meio equivocada. Não faz sentido.
Outra passagem em Brasília ilustrativa sobre esta coisa de ser uma cidade diferente:
Num dos dias, início da noite, ficamos Terri, Marcelo e eu ilhados na UnB. Não conseguíamos um taxi para sair dali. Um ônibus, pelo amor de Deus! Não rola, nem adianta. Fomos andando até uma avenida que o Terri jurava de pé junto que era a tal da L2 (isso lá é nome de avenida?). Ligamos para a Ingrid, novata na cidade, chegou há dois meses, mas que se animou a ir nos resgatar onde estávamos. Explicamos, demos o nome da avenida, lemos as placas que haviam perto de nós. Esperamos, esperamos, esperamos e nada de Ingrid. Aí ligamos para ela, no celular, “cadê tu?”. Ela estava perto, tinha se perdido mas estava perto. Okay, estamos aqui, te esperando. E toca esperar, e nada de Ingrid. Liga de novo: “já andei a L2 inteira e não vi vocês”, ela disse. Mas será o Benedito?! Onde será que estamos? Não havia um cristão para perguntar, nenhum, só carros passando a toda. E a Ingrid rodando e nós esperando. Mas veja, tem alguém se aproximando: “moço, qual o nome desta avenida?”; “Ah, L4”. Hum, liga pra Ingrid e avisa. E nada da mulher chegar. Começa a chover, meu celular, o único que tínhamos, caindo a bateria, vai desligar! E a chuva aperta, vamos para debaixo de uma árvore, liga pra Ingrid, tá procurando, quase desistindo. Aí a chuva apertou de vez, vai molhar o meu notebook! Corre para dentro de um posto de gasolina fechado. E desce água! Ligamos para o Cloude, amigo brasiliense, que não sei como conseguiu destrinchar onde estávamos – na L3!!! – e ligou para a Ingrid avisando... o celular vai desligar, tá piscando... Que robada... Mas vamos pensar positivo, pensa positivo pessoal... A Ingrid! Ah, finalmente chegou! Entramos no carro molhados, e a bateria do celular cai de vez...
Amanhã conto de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário