Li uma notícia que me deixou com um gosto amargo na boca, e umas associações meio macabras na mente: genocídios, holocaustos...
A notícia, que li no “Manchetes Ambientais”, do ISA, diz que quinta-feira passada, dia 13 (este número é forte!), fiscais do Ibama, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e da Polícia Ambiental do Pará descobriram numa serraria no Município de Tabatinga (Pará, e não Amazonas) 300 toras de madeira nobre extraídas, claro (!), ilegalmente. Mas o que causou-me mais espanto foi que estas mesmas toras, que um dia já foram árvores, estavam enterradas! Não é sinistro? Ocultação de “cadáveres”, foi a frase que me veio...
Como se não bastasse, no mesmo dia 13, num milharal próximo a Tailândia da Floresta da Amazônia (quem se lembra?), fiscais dos mesmos órgãos acima citados, num sobrevôo, localizaram entre 300 e 500 toras abandonadas, diz o jornal. “Desovadas”, foi a associação que fiz.
Toras enterradas e abandonadas – em ambos os casos, escondidas dos olhos públicos. Este capitalismo é selvagem mesmo: ao arrepio da lei mata as árvores, as transforma em toras e as trata como entes de segunda (quiçá terceira ou quarta) categoria. Achei tão desrespeitoso, fiquei profundamente indignada. Isso não está certo. Não pode estar.
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