Proust
Só de ouvir a voz de Albertine entrava em orgasmo. Se diz que:
O olhar de voyeur tem condições de phalo
(possui o que vê).
Mas é pelo tato
Que a fonte do amor se abre.
Apalpar desabrocha o talo.
O tato é mais que o ver
É mais que o ouvir
É mais que o cheirar.
É pelo beijo que o amor se edifica.
É no calor da boca
Que o alarme da carne grita.
E se abre docemente
Como um pêssego de Deus.
Manoel de Barros
2 comentários:
Mariana,
Cuida!!! Já tava com saudades dos seus escritos... demora a escrever mais nao.
"Ó Lua, de Imaculada Conceição,
Sim, eu, verme das nuvens de ocasião,
Amo, das telhas de nossa Babilônia, Conceber teu clima, tua flora, tua fauna.
Invento: para te oferecer meus tédios,
Barca do Nada, cais só, sem remédio!"
Litanias da Lua (J. Laforgue).
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