É comum encontrarmos animais da mata sendo criados nas casas dos moradores da floresta. O papagaio, popular (aqui e lá) “lôro”, é talvez o mais comum. Na casa de seu Milton e dona Mariana, no alto rio Tejo, havia um. Já o conhecia de outras viagens, ele já vive com o casal há algum tempo. Sua “dona” é reconhecidamente, parece que inclusive por ele, dona Mariana. A foto acima não deixa dúvidas. O afeto é mútuo.
Mas o Lôro, como é chamado, é um ser interessante. Bastava nos sentarmos no chão da cozinha para as refeições, qualquer uma delas, e já ouvíamos ele se aproximar. Em geral vindo do alto, das partes mais altas da casa, sua habilidade para chegar de lá ao solo é digna de um artista de circo. O bicho vem se agarrando com o bico e as patas pelas laterais da parede ou de uma porta, até que chega no chão. Findo o malabarismo corporal, ele seguia andando, com um gingado meio deselegante, até o centro das refeições. Lá recebia sua porção: um pedaço de macaxeira, banana, um pouco de jacuba (farinha + água). Findo o repasto, nosso artista tomava o caminho de volta...
Um cuidado devíamos ter: botões e fechos – ele os adora! Tive um botão de um short destruído por ele, Murilo o chapéu furado. De uma bermuda de seu Milton ele arrancara o zíper. E se você o pegava no flagra e ralhava com ele, expulsando-o do local, ele emitia um som tipo “não vem não”, meio de quem não está gostando da bronca. Ele ficava aborrecido. Este Lôro!
Mas o Lôro, como é chamado, é um ser interessante. Bastava nos sentarmos no chão da cozinha para as refeições, qualquer uma delas, e já ouvíamos ele se aproximar. Em geral vindo do alto, das partes mais altas da casa, sua habilidade para chegar de lá ao solo é digna de um artista de circo. O bicho vem se agarrando com o bico e as patas pelas laterais da parede ou de uma porta, até que chega no chão. Findo o malabarismo corporal, ele seguia andando, com um gingado meio deselegante, até o centro das refeições. Lá recebia sua porção: um pedaço de macaxeira, banana, um pouco de jacuba (farinha + água). Findo o repasto, nosso artista tomava o caminho de volta...
Um cuidado devíamos ter: botões e fechos – ele os adora! Tive um botão de um short destruído por ele, Murilo o chapéu furado. De uma bermuda de seu Milton ele arrancara o zíper. E se você o pegava no flagra e ralhava com ele, expulsando-o do local, ele emitia um som tipo “não vem não”, meio de quem não está gostando da bronca. Ele ficava aborrecido. Este Lôro!
É verdade que ele não é especialmente conversador, só quando fica mais à vontade, sabe, pega uma intimidade. Ele tem sensibilidade, convenhamos. Aí ele diz umas gracinhas e fica mais amigo. Um dia, chegando pela manhã em casa, onde sabíamos estar Murilo sozinho, seu Milton e eu ouvimos duas vozes conversando: “tem alguém aí com o Murilo”, eu disse. De fato, lá estava o Lôro, todo íntimo, quase dentro da rede, dizendo das suas. Nesta segunda foto, o Lôro “ajuda” seu Milton numa colha de arroz. Ajuda é modo de dizer, ele devia estar mais interessado é em comer os grãos de arroz...
Gostei de conviver com o Lôro essa temporada. Tadinho, teve uma vez que tomou uma pisa das galinhas, e ainda seu Milton pisou sem querer numa de suas asas – tudo no mesmo dia. Ele ficou meio abalado, e desconfiado. Também não gostava nada quando ameaçávamos puxar uma pena de seu rabo. Eu o fazia só de troça, mas Claudete, neta de seu Milton e dona Mariana, chegou a conseguir algumas penas para os brincos que fabricava. O Lôro não gostou de jeito nenhum, e dona Mariana também protestou.
Gostei de conviver com o Lôro essa temporada. Tadinho, teve uma vez que tomou uma pisa das galinhas, e ainda seu Milton pisou sem querer numa de suas asas – tudo no mesmo dia. Ele ficou meio abalado, e desconfiado. Também não gostava nada quando ameaçávamos puxar uma pena de seu rabo. Eu o fazia só de troça, mas Claudete, neta de seu Milton e dona Mariana, chegou a conseguir algumas penas para os brincos que fabricava. O Lôro não gostou de jeito nenhum, e dona Mariana também protestou.
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