Há ainda coisas como "xt", "tx", "sh", entre outros. Bom, mas isso a gente aprende, vai se acostumando. É interessante, pois a grafia do hãtxa kuin é recente, dos anos 80, ao menos aqui no Acre. No Peru existe uma gramática mais antiga um pouco, por iniciativa de linguístas missionários. Aqui no Acre é uma iniciativa da Comissão Pró-Índio com professores indígenas e consultoria de linguístas, como o Aldir Santos de Paula, de Alagoas e um especialista nas línguas Pano. Então, tem coisas que ainda estão se firmando, regras de escrita ainda não consolidadas, há discrepâncias e coisas ainda não bem definidas. Isso no que diz respeito ao hãtxa kuin escrito, pois o falado vai bem obrigado. Quer dizer, há Terras Indígenas aqui no estado que a língua está bem ameaçada, que só os velhos a falam. Mas vamos em frente na nossa aula...
Aí acima estão o Joaquim e suas alunas Silene Farias e Marisa Fontana. A Silene é do Jabuti Bumbá, e quer levar o hãtxa kuin para os folguedos do bicho de casco, e a Marisa é historiadora e trabalha na Biblioteca. Na foto, estavam lendo um diálogo em hãtxa kuin, no qual dois amigos se visitam e bebem caiçuma ("mabesh"). Fizemos muito isso num momento inicial do curso, para nos familiarizarmos com a pronúncia da língua.
Nesse dia, recebemos a visita de uma turma do Jordão: Itsairu (de faixa verde), Shane (de "chapéu") e sua irmã Aiani. Foi um dia animado. Na foto eles estão junto com a Daniela. Eles vieram nos auxiliar em exercícios de pronúncia e escrita. Temos recebido várias visitas durante o curso de huni kuins que estão pela cidade e aparecem. Teve gente da turma que até arriscou uma conversa em hãtxa kuin...
- Ma e~ kai [leia-se o til em cima do "e"]
- Kariwe!
Um comentário:
Mariana, gostei do afloramento.
Abraços,Marisa.
Postar um comentário