
Cada um dos que estavam ali conversando lida no seu dia-à-dia profissional com lutas sociais, de seringueiros, de ribeirinhos, quilombolas, atingidos por grandes obras, como a da (insana) transposição do São Francisco. Se minha memória não me trai, havia um tom de auto-crítica quanto ao valor da nossa contribuição enquanto intelectuais. Dona Nice então interviu e nos deu uma aula sobre a diferença entre aquele que é formado, não só na academia, mas na escola da vida, que está ciente do que é a vida real, que se compromete com aquelas pessoas e populações que tanto colaboram para suas pesquisas; e, por outro lado, aquele outro, o desinformado, que pode até ter um título, mas que nada sabe sobre a realidade.
Dona Nice tornou, para os que a ouviam, a universidade um local mais interessante, e nossa experiência e formação ganhou, pelo contra-ponto por ela estabelecido, matizes e tonalidades mais atraentes.
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