terça-feira, 31 de maio de 2011

Orgânicos no Arraiá do Alto Santo

No Arraiá do Alto Santo montamos uma barraca de produtos orgânicos. Foi uma novidade, e uma aventura encampar e produzir esta idéia. Deu trabalho, corremos bastante, dormimos pouco, improvisamos e exercitamos a coragem e ousadia. Apresentamos a nossa irmandade e demais visitantes produtos saudáveis, vivos, sem veneno e sem crueldade. Além de serem produzidos sem ofender a terra (sem queimá-la, por exemplo), não disponibilizamos qualquer produto industrializado ou aqueles de origem animal.

Na verdade, foram duas barracas irmãs: numa servimos iguarias diversas, como tapiocas com patê de tahine ou de beringuela, açaí com granola artesanal, sanduíches de pão integral caseiro, pipoca, amendoim, batata-doce assada na brasa, entre outras gostosuras. Não teve tudo todas as noites, a exceção das tapiocas - um sucesso incontestável. Houve momentos em que o movimento era tão intenso que o jeito era lembrar: "gente, calma e paciência, aqui é slow-food."

Ao lado, montamos uma feirinha de produtos orgânicos, resultado de uma parceria com vários dos produtores da região que realizam a Feira de Produtos Orgânicos (aos sábados, pela manhã, no calçadão atrás do Terminal Urbano). Lá, os que nos visitaram, puderam comprar e levar para casa frutas como o bacuri, tangerinas e mexiricas, laranja e lima, banana, cupuaçu, jaca e abacaxi, além de goma de tapioca, hastes de palmito de pupunha, gergelim, pimenta malagueta fresca, entre outros produtos. Vendemos ainda lindas camisetas de algodão com desenhos exclusivos e especialmente concebidos para a ocasião, bolsas floridas de xita para quem quer abandonar as sacolas de plástico, sabonetes de murumurú e a alquimia das garrafadas e medicinas da floresta. Um luxo! Contamos, na primeira e última noite, com a presença dos nossos parceiros produtores na festa.
Enfim, foi lançada a semente. Muita gente colaborou e participou da empreitada. Já falei dos produtores, sem eles nada teria acontecido. Acima estamos, da esquerda pra direita, a turma da produção executiva, digamos assim: Ana, eu, Angélica e Gregória, já no final da festa, fechando a barraca no domingo. Mas teve ainda a dona Adelaide, que figura na foto anterior a esta, o Caio, filho da Ana, que trabalhou animadamente servindo o açaí para o pessoal, e que ganhou um novo amigo no último dia, o David, que se especializou no setor da água de coco, que, esqueci de contar, também tinha. E teve ainda a Socorro, que fez aparições na barraca e deu uma força nos preparativos, e o Marcelo, que cuidou do fogo que assou palmitos e a batata-doce. E o Amilton, lá de Cruzeiro do Sul, que concebeu as belas blusas que vendemos, algumas das quais Ana e Gregória vestem acima. E a dona Arsênia, mãe da Angélica, que esteve junto de diversas formas. E uma turma muito dez da União do Vegetal, que esteve junto e se envolveu na lida da feira, atendendo e informando os visitantes e clientes. O Leandro, esposo da Gregória, colaborou com sua alquimia fina, e os filhos do casal Érica e Enrico também frequentaram os bastidores da barraca.

Valeu todo mundo - quem trabalhou, quem frequentou, quem se alimentou, se abasteceu ou quem só passou pra dar uma olhada. Foi uma experiência intensa e fina - um presente. Daqueles que só o Mestre e a nossa Madrinha sabem nos dar. Estou eterna agradecida.

Um comentário:

amilton disse...

que coisa mais linda esse seu relato mariana
parabéns pelo capricho

amilton