terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Volta na Reserva 4

Acho que vale à pena atualizarmos nossas fotos da vila Restauração que, sim, não pára de crescer. Algumas mudanças interessantes após a posse do prefeito, ano passado, e a nomeação de um novo subprefeito, o Nino: a vila agora conta com uma iniciativa de plantio de árvores frutíferas na qual boa parte das mudas vieram dos viveiros Kuntanawa vizinhos e também doados por Caxixa, nosso técnico de campo do projeto Funbio e também funcionário da Secretaria Municipal de Agricultura. O gado também foi todo finalmente retirado da área residencial, e o lixo alocado em um local específico (embora não necessariamente próprio, parece que é uma edificação mesmo). Esta aí abaixo é a sede da subprefeitura.

Pude ver que as casas aumentaram e a área ocupada pela vila expandiu-se. Mas enxerguei também mais fruteiras plantadas, bananais e alguns milharais. Desapareceu a centenária Samaúma que desde sempre esteve ali: deu lugar ao progresso, leia-se uma pista de pouso que foi aberta pela prefeitura e da qual os moradores têm muito orgulho. Não pude visitá-la, mas soube que estava em manutenção devido ao inverno.
A igreja católica recebeu nova pintura.

A vila conta agora com um hotel (olha o letreiro lá em cima na foto abaixo).

A escola de segundo grau foi ampliada com mais um bloco de salas. As igrejas evangélicas cresceram: são quatro agora. O açude do Osterno, do outro lado do rio, em frente à vila, tem abastecido os moradores com peixe.
Taí, a vila, um lugar estabelecido, um jeito de morar na floresta. Isso está merecendo um estudo mais apurado um pouco, vocês não acham?

2 comentários:

Unknown disse...

Merece sim, um estudo fino.

lindomarpadilha.blogspot disse...

Cara Mariana,

De fato é uma forma de ocupação que merece um estudo adequado. No entanto, nada deve ser mais urgente que a garantia da terra para os índios. Até hoje a Funai tem se negado a instituir um GT para esse fim. Enquanto isso, o governo anda de um lado para outro dizendo que apoia as populações tradicionais e, principalmente, os povos indígenas. São 17 terras indígenas ainda sem providência alguma.

Bom trabalho.

Lindomar Padilha