quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Férias...

... que também sou filha de Deus. Cônscia desta minha condição e privilégio, estou me dando uns dias no Rio de Janeiro. Sei que ando meio ausente aqui do espaço-blog, acho que com menos coisas a dizer, ou com menos vontade de dizer, não sei bem. É fase: passa. Mas, pra não ficar parecendo abandono do navio, resolvi postar algo mais pessoal, contar um pouco das férias, desses dias aqui no Rio, cidade que adoro visitar, onde cresci, tenho amigos, família e aquela familiaridade gostosa de saber qual ônibus pegar pra ir em tal lugar, onde fica tal rua, um corta-caminho, onde não dá pra dar bobeira, essas coisas.

Cheguei tem uma semana. Os primeiros dias foram de chuva e pouco sol. Tive o prazer de rever uma parenta amiga de longa data, a Júlia, que na foto acima está com minhas sobrinhas num passeio que fizemos, no domingo, quando o sol começou a querer aparecer, no aterro do Flamengo.

O dia seguinte já foi de sol! O que significa uma só e mesma coisa: praia!!! Para uma acrioca, este é o melhor programa no Rio: mar, areia, ondas, ficar lá estatelada olhando o horizonte, curtindo a sensação de sal no corpo, o sol esquentando, olhando o povo passando pra lá e pra cá - todo tipo de gente: velhos, novos, crianças, jovens, adultos, pobres, ricos, nativos e turistas, e por aí vai. A democracia da praia, se se pode falar assim, é uma coisa fantástica e boa de se viver. Não paga pra entrar e todos usufruem.
Também aproveito pra ir ao cinema. Vi, junto com meu pai, "Operação Valquíria", um filme acho que produzido pelo Tom Cruise (e estrelado por ele também) que mostra como nos últimos anos da Segunda Guerra, dentro das Forças Armadas nazistas, haviam muitos militares descontentes com Hitler e os caminhos que a Alemanha tomava. Houveram mais de 15 atentados contra a vida dele, e o cara conseguiu se safar de todos! O filme narra o último atentado, já em 1944. É bem interessante, pois é histórico e bem reconstituído. Um coisa meio "crônica de uma [não]morte anunciada", pois você sabe que os que tramam o assassinato e golpe de Estado vão se dar muito mal (mal mesmo), mas mesmo assim rola emoção e expectativa. É bacana, vale o ingresso, que no Rio é bem carinho (em torno de R$ 15 a inteira).

Vi também "O casamento de Rachel", outro estilo, outra história, e muito bom. Gostei bastante. História familiar, com seus dramas polarizados em torno de uma filha drogada, em recuperação, que aparece em casa para o casamento da irmã. Tem uma câmara que se movimenta bastante, não é aquela coisa estática, padrão; tem cenas bem espontâneas e intimistas de uma ocasião como a união de duas famílias através do casamento dos filhos; é uma festa que se arrasta por dias e aí a história vai se revelando, se desenrolando, chega num clímax e as emoções conseguem encontrar uma forma de se expressar e se ajeitar umas com as outras. É bem bom, e os atores são ótimos.
Hoje vou ver outro filme. Depois dou notícia.

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