domingo, 11 de janeiro de 2009

Domingo no centro

Domingo passado estava em casa, depois de ter passado a tarde trabalhando, aquele entardecer que se anunciava convidativo para parar tudo e ir apreciá-lo, aí resolvi ir até o centro, ver um pouco da cidade, mais especialmente o rio Acre.

Chegando lá vi que as águas subiram mesmo, o rio está mais largo, denso, volumoso, bonito de se ver. Fiquei no "pinguelão" apreciando a paisagem, vendo o povo pra lá e pra cá. E como tinha gente! A passarela estava movimentada, as mesas em frente ao mercado velho-novo todas ocupadas (o que frustrou meus planos de comer uma tapioca com um suco olhando o rio). Resolvi então dar uma volta, caminhar pelas imediações.

Subindo a praça dos Povos da Floresta, topei com um aluno meu da Ufac, que me cumprimentou: - "Passeando, professora?". Pois é. Aí continuou com uma frase que não me recordo para reproduzir aqui, mas que dizia que o governo precisava de todos aqueles enfeites, aquela boniteza, pra se manter, se legitimar. Falava, entendi, do Palácio iluminado. Havia um tom depreciativo, ou irônico, no comentário. Não disse nada e nos despedimos. Bom, sei lá. Quer dizer, sei uma coisa: o povo acreano (acriano?) gosta de ver sua cidade bonita e usufruir dela. Isso é um mérito do povo, que tem auto-estima, e do governo também, que capta e estimula este amor por si próprio.

Mas voltando ao passeio, no Palácio, as escadarias estavam cheias, pessoas, moradores da cidade, tiravam fotos de si em frente ao monumento, talvez alguns turistas também, crianças corriam nas escadarias e laterais, namorados passeavam. Quando anoiteceu, o cenário ficou meio psicodélico talvez. Gostei desta versão noturna-viajante-brilhante do palácio.

Ainda apreciei aqueles enfeites natalinos nas árvores, de muito bom gosto. São os mesmos do ano anterior. Valeu a reciclagem. Dei uma olhada na nova Biblioteca Pública (que desavisadamente não foi fotografada), entrei pra ver se tinha um filme, mas a sessão já começara. Olhei para a Praça Plácido de Castro, cheia, cheia. O tacacá correndo solto. Como não sou muito fã deste prato tradicional (falha minha), voltei pra casa com fome. É que o Café do Theatro estava fechado.

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