Acho que é assim que boa parte de nós, que moramos na Amazônia ou a ela nos dedicamos - entendida aqui como seus moradores todos, humanos e não-humanos - estamos nos sentindo nesses últimos tempos. Engasgados, e também revoltados, sem saber muito bem como fazer para parar a onda de insanidade e perversidade que tomou conta dos nossos poderes públicos, notadamente na esfera federal, mas não só. Belo Monte, Código Florestal, mineração em Terras Indígenas, identificação e demarcação de territórios étnicos, a inacreditável articulação da bancada ruralista frente ao entreguismo dos setores "ambientalistas" do governo, certamente com o aval da presidenta (mandona do jeito que ela é), o tranquilo ignorar do Brasil à convocação da OEA, a "abertura de pernas" ao licenciamento das grandes obras - é muita pancada de uma só vez. E aqui na província, afinada com o movimento mais geral do "desenvolvimento", o milho trangênico já sendo plantado e a Monsanto parece que vai mesmo salvar a nossa agricultura tão pobrinha...
É muita falta de criatividade e de ousadia, e muita subordinação e serventia. Belo exemplo o nosso para os nossos vizinhos latino-americanos e africanos. E o pior é que parece que queremos ser os tais do hemisfério sul, reacionários endinherados e "desenvolvidos", comendo veneno, sendo cruéis, alegremente vendendo nosso bem mais precioso - nós mesmos - ao Capital.
Repasso link que nosso colega Marcos Matos pescou na internet, excelente artigo para os tempos que correm.
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