Estou eu aqui de novo às voltas com o assunto do meu livro. O fato é que desde o seu lançamento, em 2008, estou descobrindo a duras penas as agruras de circular um livro a partir de uma editora universitária nos "confins" da Amazônia. Não é fácil. Minha primeira medida, claro, foi colocá-lo à disposição nas livrarias da cidade, e o fiz na Paim e Nobel. Levei séculos mas consegui colocar o livro no catálogo do site da Livraria Cultura. Estou numa negociação para ter o livro à venda no site do ISA, que só não se concretizou ainda por dificuldades burocráticas, apesar da super-boa vontade de ambas as partes. Que mais?
Procurei a Biblioteca Pública aqui em Rio Branco para saber o destino dos 50 exemplares destinados a FEM, pois desejava doar aqueles que por ventura estivessem faltando para que o livro pudesse estar no acervo de todas as bibliotecas e casas de leitura estaduais. Num primeiro momento, não se conseguia localizar os livros, depois de algum tempo foi-me dito que os mesmos ainda não haviam vindo da FEM, que, por sua vez, disse que "não, foram sim...". E aí o fim do ano chegou e eu deixei a empreitada para este ano.
Como uma caixeira viajante, sempre que viajo levo o livro e dou ou vendo para alguém ou alguma instituição relevante. Sinto que ainda falta fazer um pente fino aqui em Rio Branco mesmo, inclusive na Biblioteca da UFAC, para saber mesmo quantos exemplares tem lá.
Mas o fato é que a maior parte dos livros, cerca de 800, vieram aqui para casa e é daqui, portanto, que estou fazendo esta distribuição pra lá de doméstica. (A EDUFAC, claro, também está fazendo sua parte, mas falo aqui dos meus particulares esforços.) O fato é que findei o ano com uma sensação meio desconfortável, um "peso": aquelas caixas todas aqui, um monte de livros, e eu meio que sem saber como fazer. Outro dia, conversando com o Ailton Krenak, ele me tranquilizou: "o livro vai seguir o seu caminho". Tem razão. Mas resolvi dar um empurrãozinho:
Fiz uma demorada e laboriosa pesquisa na internet, e reuni cerca de 60 endereços de bibliotecas públicas, em especial de instituições universitárias federais e algumas estaduais. Fiz uma carta de doação, e embalei, com ajuda de minha comadre Mariazinha, uma das personagens do livro, um a um. Hoje, com ajuda do meu super-companheiro Zé Carlos, que carregou as caixas pesadíssimas, e assumindo os custos financeiros da empreitada, fui aos Correios e despachei Os Milton para o Brasil!
Rogo que eles cheguem aos seus destinos, sejam bem acolhidos (como merecem) e passem a habitar o imaginário de mais brasileiros.
2 comentários:
Despacha um aqui pra casa. rs rs rs.
Mulher, a parte mais difícil já está pronta, que é escrever e editar, o resto vem com o tempo. Vai chegar um tempo que vai faltar livros. Você vai ver.
Beijocas,
Marisa
Marisa, querida, despacho encomendado! rsrsrs
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