Ontem foi dia de passeio em Amsterdam. Um dia apenas, uma pena. Mas vamos ver o que dá pra fazer, convidou-me a Hilly. Ora, o Van Gogh Museum já estava no programa desde antes de sair de Paris. Quando fui ao Dorsay já ficara encantada com as telas que vi lá, as cores, as pinceladas, enchem o coração. [Aliás, acho que vou de novo ao Dorsay antes de ir embora de Paris para o Brasil]
Os quadros são lindos, lindos. Há coisas inacreditáveis, nem sei como descrever arte, já que não sou entendida, e ficar falando "lindo, lindo" não dá muito idéia. Digo apenas que é uma emoção. Ver as pinceladas características de Van Gogh, a mistura de cores, o brilho, a força das imagens. Poxa, adorei ter ido lá, e voltaria (voltarei quem sabe um dia) a ver a exposição feliz da vida.
A vida de Van Gogh é dramática. Toda a sua obra ele realizou em apenas 10 anos, dos 27 aos 37 anos, quando então se suicidou. Pois é. Pelo que pude entender, ele devia ser uma pessoa com fortes distúrbios psíquicos, ia da euforia à depressão. Durante os dez anos em que pintou e desenhou sem parar, não obteve o reconhecimento da crítica e do público. Vivia duro e seu irmão, Theo, que trabalhava no mercado de artes, o mantinha financeiramente. Isto, parece, era um peso para Van Gogh, esta dependência. Vicent, antes de morrer, passou por sanatórios e tratamentos. Por outro lado, fiquei pensando, é muito louco, pois é como se ao invés de uma pessoa - Vincent - tivéssemos duas - Vincent e Theo. Theo acolheu e sustentou o irmão, eram profundamente próximos e amigos, amantes e colecionadores de arte e, olha que louco, menos de um ano depois da morte de Vincent (1890), Theo morreu (1891). Vincent com 37 anos, Theo com 33 anos. Eram almas inseparavalmente ligadas. Depois da morte de Vincent, sua cunhada e depois viúva de Theo, Jo, dedicou-se a divulgar a obra do cunhado. Foi ela que organizou as cartas trocadas entre os irmãos e que foram depois publicadas. Vincent escrevia muito.
Enfim, saímos do museu espiritualmente nutridas e fomos alimentar a matéria gulosa com sanduíches, tortas, café e um suco de morango inacreditável. Morango, aqui na Europa, tem aquele gosto legítimo de morango! Sorvete de morango aqui não é que nem aquela coisa leitosa e aromatizada de morango que a Kibon e outros fazem. Vou sentir saudades dos morangos... Passeamos então por Amsterdam, por um pedacinho da cidade. Vejam esta foto abaixo e comprovem o que eu disse sobre todo mundo ter bicicleta. Isso é perto da estação central: um estacionamento de bicicletas onde seus donos as deixam e pegam o trem para trabalhar. Reparem que há bicicletas no primeiro plano, depois mais atrás e depois em cima, num "segundo andar". É verdade, estou obcecada com este assunto das bicicletas! Em Amsterdam há ainda os famosos e simpáticos canais, mas não deu tempo de passear neles, de barco. Pra finalizar o dia, antes de voltarmos para Den Haag, pude ainda provar tamaras frescas - uma delícia.
Agora, já estou de volta a Paris.
3 comentários:
Mariana querida, fiquei com o coração quentinho em encontrar vc tão bem e vendo coisas tão lindas...parece que por alguns segundos eu tbém pude ficar diante dos quadros dele! muito bom reencontrar vc , mesmo que virtualmente. Faça uma ótima viagem de volta
GOstei mto do seu blog,original e sobrio...
ME visite depois, Um abraco
e um final de semana feliz
Oi, Jeferson, vc tem um blog? Divulga aí!
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